sexta-feira, 9 de março de 2007

Amar o perdido

Amo o perdido, perco-me!
Acho-me em sonhos intangíveis
Desejo o luar e dou adeus
À noite, ofereço minha frieza;
Ao sono, insipiência;
Ao amanhecer, mau humor;
Ao sol, meu calor
Ao mar, ah.. ao mar me entrego!!!
Dispo-me de carapuças e
Minha alma nua mergulha!
Emergindo de mim, me despeço
Fragmentada, faço e refaço cacos
De coração, de desencontros...
Volto ao confundido, amado impossível,
Apelo ao não, não é a resposta!

2 comentários:

Anônimo disse...

"Toda sexta-feira
Toda roupa é branca
Toda pele é preta
Todo mundo canta
Todo o céu magenta

Toda sexta-feira
Todo canto é santo
E toda conta
Toda gota
Toda onda
Toda moça
Toda renda
Toda sexta-feira
Todo o mundo é baiano
junto. "
Adriana Calcanhoto

Um abraço para sua toda Sexta Feira!!

Anônimo disse...

Olá menina. Que bom ver mais uma obra sua.
Estás a me surpreender (diria eu se fosse português).
Atrás deste belo exemplar de mulher forte, há uma alma inspirada!
Continue escrevendo. Você é bem mais transparente assim.

Falando em tranparência, vou aproveitando o espaço pra colocar pequenos textos malucos das madrugadas.
Beijos.


ALMEIJANDO

Um dia pensei em te te ver por aí;
Olhar para tua face intrigante e paciente,
E perguntar por seus pais.
Estás querendo saber mais?
Sobre tuas idéias...
Não quero falar de ideais.
Sabia que já não lembro mais?

Sentada, quase deitada...
Tem um redemoinho branco aqui.
Que cheiro é esse?
Gostas de calma adocicada?
Você derrubou aquela coitada.
Aquele é o seu livro?
Vai, volte pra próxima rodada.

O que estás escrevendo?
Quanta folha rasgada...
Estás feliz ou desapontada?
O telefone está tocando.
Não precisa correr, tenha calma...
Sua alma pode não estar preparada.
Você não sabe, mas sei do que sou formada.

(R.Einstein)