quarta-feira, 25 de abril de 2007

In Utero

O que é preciso para viver?
Quais as respostas devemos nos dar?
Ou melhor, quais são as perguntas?
Quanto mais penso, menos sei
Responder... perguntar..

Que doido é viver!
Viver é aprender?
Amar é viver?
Viver é amar?
E antes de tudo??

Quero estar depois do fim
Ultrapassar noites mal-dormidas
Sobreviver a ressacas emocionais
E expelir todo o mal

Estarei só e a sorrir
O riso renovado de quem
Curou-se do cancer

O mergulho no mar salgado...

Se esse mergulho me relembrar
O líquido amniótico, estarei eu
A me perguntar “do que preciso?”
Ou a me responder “do vazio” ?

terça-feira, 24 de abril de 2007

Flor de maracujá

Hoje ganhei um presente.
Uma cartinha de amor tão linda
Que só “perde” para a pessoa que a escreveu.

Doces palavras me fizeram sorrir,
Um riso bobo que me trouxe felicidade
A felicidade de reencontrar.

Almas irmãs se reconheceram
E fez o mundo todo brilhar
Brilho eterno de um coração que não se contém
E bate forte por caminhos floridos da amizade!

Amiga que de tudo eu posso falar
E que já me viu chorar.
Quero te proteger, ensinar, aprender
E ver como é bom viver!

Para minha flor de maracujá
Que adora me ver sonhar
Palavras hão de faltar
Por não saber expressar
O que no meu coração há
Para te saudar!

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Indivíduo ou a falta dele como motivo de minha solidão.

Apenas sob efeito de drogas, sexo e
rock 'n' roll, me ajusto na companhia de terceiros.
Excetuando-se meus amigos que são raros.
E me são caros!

Sob máscaras sociais me torturo e
escondo o descontentamento
de viver superficialmente..
Gente fina e rasa me rodeia.
Ah! Quanta tolice preocupa o homem moderno!
Nos querem todos iguais..

Não!!!!
Eu quero os desajustados,
Quero aqueles que tem fome e sede
Que come e bebe das diferenças enriquecedoras.
Diferenças que transformam seres humanos
em indivíduos
["Eus" indivisíveis e únicos]
Motivo de minha solidão .

segunda-feira, 9 de abril de 2007

Cemitério de Amores ou O Grito

Quero apenas sentir o silêncio de meu coração.
Não quero mais suas palavras confusas!
Leva seu sorriso para quem ainda quer ouvir tuas falsas promessas.
Eu só desejo estar longe de ti.

De mim, nenhuma palavra a mais será lançada.
Quem me dera poder apagar tudo o que foi dito
E vivido...
Se fosse possível, tragaria de volta todo o meu amor declarado.
E quase vivido...

Plantei jardins em teu caminho.
E agora, tudo está morto
Em um cemitério de flores...
E amores...

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Complacências de Amor

Ando um pouco complacente com o amor.
Acho que não percebi ainda que realmente tenho que deixá-lo.
Abandoná-lo para salvar minha própria pele.
Como é difícil!
Como ele se mistura às coisas contempladas por minha’alma.
Tenho medo do contato comigo mesma.
Simples, puro, bruto...
Olhar-me de frente, cara à cara, de alma nua, é assustador.
O que deve ser, tem que ser feito e assim será.
Enquanto temo a mim, carrego comigo o amor.
Pobre coitado.
É usado para me afugentar.
Grito-lhe:
- Salva-me de mim!!
- Afasta de mim o cálice do eu.
Tenho dúvidas quanto a deixá-lo para trás.
Não sei o que mais me amedronta: amar ou conhecer-me...
Esse ar liberto que busco é-me tão caro quanto a própria vida.
Como hei de seguir em frente se a cada passo sinto esvair-me?