segunda-feira, 2 de abril de 2007

Complacências de Amor

Ando um pouco complacente com o amor.
Acho que não percebi ainda que realmente tenho que deixá-lo.
Abandoná-lo para salvar minha própria pele.
Como é difícil!
Como ele se mistura às coisas contempladas por minha’alma.
Tenho medo do contato comigo mesma.
Simples, puro, bruto...
Olhar-me de frente, cara à cara, de alma nua, é assustador.
O que deve ser, tem que ser feito e assim será.
Enquanto temo a mim, carrego comigo o amor.
Pobre coitado.
É usado para me afugentar.
Grito-lhe:
- Salva-me de mim!!
- Afasta de mim o cálice do eu.
Tenho dúvidas quanto a deixá-lo para trás.
Não sei o que mais me amedronta: amar ou conhecer-me...
Esse ar liberto que busco é-me tão caro quanto a própria vida.
Como hei de seguir em frente se a cada passo sinto esvair-me?

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